segunda-feira, 16 de maio de 2011

A guerra civil entre liberais e absolutistas



Em Junho de 1821 o Rei D. João VI regressou do Brasil para jurar e fazer cumprir a nova Constituição que foi aprovada apenas em 1822.
No entanto, mesmo entre a família real havia divisões a nível de ideologia política.
D. Carlota e seu filho Miguel aliaram-se aos conservadores pois pretendiam restaurar o absolutismo.
D. João VI e seu filho mais velho D. Pedro IV eram defensores das ideias liberais.
Além do descontentamento dos portugueses, como por exemplo da burguesia, havia muita divisão entre o que seria melhor: um regime absolutista ou um regime liberal.
Como houve uma mudança em 1820 para o regime liberal, pensava-se que a situação do país melhoraria, mas nem por isso.
Como ficou conhecida essa tentativa?
Vilafrancada
Com a Vilafrancada, D. Miguel impôs o absolutismo, mas o seu pai conseguiu dominar a situação. D. Miguel tentou novamente e no ano seguinte impôs o absolutismo – Abrilada – mas foi novamente derrotado e expulso do país.
D. João VI reina o país de que forma a partir da Abrilada?
D. João VI retirou a chefia do exército a D. Miguel, obrigou-o a abandonar o pais e passou a governar o reino num regime absolutismo moderado até à data da sua morte 26 de Março de 1826.
De Abril de 1824 até Março de 1826, D. João VI governou de forma absoluta mas moderada, o que levou muitos dos liberais revoltosos de 1820 a abandonar o país e seguirem para Inglaterra, França e Açores…
Quando D. João morreu deveria suceder-lhe o seu filho mais velho D. Pedro IV, mas este recusou o trono português! Porquê?
Porque era imperador no Brasil e não quis trocar o Brasil por Portugal.
Mas apresentou uma proposta solução para a sucessão ao trono. Qual?
A sua filha que contava então 7 anos, D. Maria da Glória, foi prometida em casamento ao tio D. Miguel que se encontrava em Viena e que seria regente até a sua maioridade.
Portanto um casamento entre tio e sobrinha, desde que ele respeitasse um novo documento que D. Pedro IV apresentou para Portugal e que seria uma forma de satisfazer os absolutistas e os liberais.
Que documento era esse? A carta Constitucional.
Quando D. Miguel chegou a Portugal esqueceu-se de todos os compromissos assumidos perante o irmão e a rainha, sua futura esposa, D. Miguel assumiu um poder verdadeiramente absolutista, dissolvendo as cortes e convocando-as à moda antiga e foi aclamado rei absoluto.
Tínhamos um sucessor legítimo ao trono que trocou uma ex-colónia que ele próprio declarou como independente de Portugal que recusou o trono português.
Propôs uma filha de 7 anos que nunca tinha estado em Portugal.
Por outro lado, um irmão que foi falso, desonesto porque jurara um acordo e falhou com esse acordo logo que pôde.
Portanto, havia portugueses a favor de D. Pedro IV porque era liberal e portugueses que eram a favor de D. Miguel que apesar de falso era patriota, defendia Portugal acima de tudo, mas absolutista.
Esse problema e essa divisão entre liberais e absolutistas acabaram numa guerra civil que durou entre 1832 e 1834!
D. Pedro abdicou do trono brasileiro e vai para o continente combater contra o seu irmão.
Como acabou a guerra civil?
O exército absolutista foi surpreendido pelas forças liberais, muitos apoiantes de D. Miguel abandonaram-no condenando à morte o absolutismo.
Portanto os liberais venceram e como ficou o governo de Portugal?
Convenção de Évora Monte
Então assinaram a paz em 27 de Maio de 1834 em Évora Monte, D. Miguel e D. Pedro e os liberais estabeleceram condições; apesar de todas as dificuldades persistiu a monarquia constitucional.
D. Pedro IV ficou a reinar, mas ele morreu pouco depois. Depois da morte de D. Pedro subiu ao trono D. Maria II.

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