segunda-feira, 28 de março de 2011

Revolução Americana


Introdução


Antes da Independência, os EUA eram formados por treze colónias controladas pela metrópole: a Inglaterra. Dentro do contexto histórico do século XVIII, os ingleses usavam estas colónias para obter lucros e recursos minerais e vegetais não disponíveis na Europa. Era também muito grande a exploração metropolitana, com relação aos impostos e taxas cobrados dos colonos norte-americanos. Colonização dos Estados Unidos Para entendermos melhor o processo de independência norte-americano é importante conhecermos um pouco sobre a colonização deste território. Os ingleses começaram a colonizar a região no século XVII. A colónia recebeu dois tipos de colonização com diferenças acentuadas:


Norte : região colonizada por protestantes europeus, principalmente ingleses, que fugiam das perseguições religiosas. Chegaram na América do Norte com o objetivo de transformar a região num próspero lugar para a habitação das suas famílias. Também chamada de Nova Inglaterra, a região sofreu uma colonização de povoamento com as seguintes características : mão-de-obra livre, economia baseada no comércio, pequenas propriedades e produção para o consumo do mercado interno.


Sul : colónias como a Virginia, Carolina do Norte e do Sul e Geórgia sofreram uma colonização de exploração. Eram exploradas pela Inglaterra e tinham que seguir o Pacto Colonial. Eram baseadas no latifúndio, mão-de-obra escrava, produção para a exportação para a metrópole e monocultura.


Guerra dos Sete Anos


Esta guerra ocorreu entre a Inglaterra e a França entre os anos de 1756 e 1763. Foi uma guerra pela posse de territórios na América do Norte e a Inglaterra saiu vencedora. Mesmo assim, a metrópole resolveu cobrar os prejuízos das batalhas dos colonos que habitavam, principalmente, as colónias do norte. Com o aumento das taxas e impostos metropolitanos, os colonos fizeram protestos e manifestações contra a Inglaterra.


Metrópole aumenta taxas e impostos


A Inglaterra resolveu aumentar vários impostos e taxas, além de criar novas leis que tiravam a liberdade dos norte-americanos. Podemos citar: Lei do Chá (deu o monopólio do comércio de chá para uma companhia comercial inglesa), Lei do Selo ( todo produto que circulava na colónia deveria ter um selo vendido pelos ingleses), Lei do Açúcar (os colonos só podiam comprar açúcar vindo das Antilhas Inglesas). Estas taxas e impostos geraram muita revolta nas colónias. Um dos acontecimentos de protesto mais conhecidos foi a Festa do Chá de Boston ( The Boston Tea Party ). Vários colonos invadiram, à noite, um navio inglês carregado de chá e, vestidos de índios, jogaram todo o carregamento ao mar. Este protesto gerou uma forte reação da metrópole, que exigiu dos habitantes os prejuízos, além de colocar soldados ingleses cercando a cidade.


Primeiro Congresso da Filadélfia

Os colonos do norte resolveram promover, no ano de 1774, um congresso para tomarem medidas diante de tudo que estava acontecendo. Este congresso não tinha carácter separatista, pois pretendia apenas retomar a situação anterior. Queriam o fim das medidas restritivas impostas pela metrópole e maior participação na vida política da colónia. Porém, o rei inglês George III não aceitou as propostas do congresso, muito pelo contrário, adoptou mais medidas controladoras e restritivas como, por exemplo, as Leis Intoleráveis. Uma destas leis, conhecida como Lei do Aquartelamento, dizia que todo colono norte-americano era obrigado a fornecer moradia, alimento e transporte para os soldados ingleses. As Leis Intoleráveis geraram muita revolta na colónia, influenciando diretamente no processo de independência.


Segundo Congresso da Filadélfia

Em 1776, os colonos se reuniram no segundo congresso com o objetivo maior de conquistar a independência. Durante o congresso, Thomas Jefferson redigiu a Declaração de Independência dos Estados Unidos da América. Porém, a Inglaterra não aceitou a independência de suas colónias e declarou guerra. A Guerra de Independência, que ocorreu entre 1776 e 1783, foi vencida pelos Estados Unidos com o apoio da França e da Espanha. Em 1783 a Inglaterra reconhece a independência dos EUA pelo Tratado de Versalhes.


Constituição dos Estados Unidos

Em 1787, ficou pronta a Constituição dos Estados Unidos com fortes características iluministas. Garantia a propriedade privada (interesse da burguesia), manteve a escravidão, optou pelo sistema de república federativa e defendia os direitos e garantias individuais do cidadão.



Boa Viagem!!

quinta-feira, 17 de março de 2011

O Arranque da Revolução Industrial



Revolução Industrial
(Meados do séc. XVIII) - Inicia-se em Inglaterra

Revolução Industrial: Conjunto de profundas transformações técnicas e económicas que tiveram início na Inglaterra, na 2ª metade do séc. XVIII e se alargaram a quase todos os países da Europa e da América do Norte, ao longo do séc. XIX.

Condições da prioridade Inglesa:

Políticas e Sociais:
1. Parlamentarismo – desde 1688, que permitia a prática do liberalismo (Liberalismo económico ≠ Proteccionismo económico)
2. média nobreza e burguesia activas e empreendedoras, fazendo aprovar leis no Parlamento
3. Existência de mão-de-obra disponível(aumento demográfico) concentrada nas cidades.

Económicas:
1. Capitais disponíveis para investimento, resultantes do comércio e de outras actividades.
2. abundância de matérias-primas, na Metrópole (hulha, ferro e lã) e nas colónias (algodão, madeira, etc.)
3. vasto mercado - interno (aumento demográfico) e externo (colónias e países menos desenvolvidos)

Naturais:
1. Boa rede de comunicações (portos, rios, canais, etc.)

Técnicas:
1. Máquina a vapor – nova forma de energia, criada por James Watt
2. outros inventos na metalurgia, fiação, energia, transportes, etc.

Conclusão: Devido a estas condições a Inglaterra foi o 1º País a iniciar a Revolução Industrial

Sectores de arranque da Revolução Industrial:

1. Indústria Têxtil – devido à existência de matérias-primas e para dar
resposta às necessidades de mercado;

2. Indústria Metalúrgica – a partir de 1830- necessidade de máquinas,
de meios de transporte e de armamento.

Alterações no regime de produção:

Artesão → Operário
Oficina → Fábrica
Manufactura → Maquinofactura
Produção por peça → Produção em série
Aldeia → Grandes cidades industriais

Boa Viagem!!

sábado, 5 de março de 2011

O Carnaval!





Dez mil anos antes de Cristo, homens, mulheres e crianças se reuniam no verão com os rostos mascarados e os corpos pintados para espantar os demónios da má colheita. As origens do Carnaval têm sido buscadas nas mais antigas celebrações da humanidade, tais como as Festas Egípcias que homenageavam a deusa Isis e ao Touro Apis. Os gregos festejavam com grandiosidade nas Festas Lupercais e Saturnais a celebração da volta da primavera, que simbolizava o Renascer da Natureza. Mas num ponto todos concordavam, as grandes festas como o carnaval estão associadas a fenómenos astronómicos e a ciclos naturais. O carnaval se caracteriza por festas, divertimentos públicos, bailes de máscaras e manifestações folclóricas. Na Europa, os mais famosos carnavais foram ou são: os de Paris, Veneza, Munique e Roma, seguidos de Nápoles, Florença e Nice.



Festa popular, o Carnaval ocorre em regiões católicas, mas sua origem é obscura.


Conceito e origem
O Carnaval é um conjunto de festividades populares que ocorrem em diversos países e regiões católicas nos dias que antecedem o início da Quaresma, principalmente do domingo da Quinquagésima à chamada terça-feira gorda. Embora centrado no disfarce, na música, na dança e em gestos, a folia apresenta características distintas nas cidades em que se popularizou.
O termo Carnaval é de origem incerta, embora seja encontrado já no latim medieval, como carnem levare ou carnelevarium, palavra dos séculos XI e XII, que significava a véspera da quarta-feira de cinzas, isto é, a hora em que começava a abstinência da carne durante os quarenta dias nos quais, no passado, os católicos eram proibidos pela igreja de comer carne.

A própria origem do Carnaval é obscura. É possível que suas raízes se encontrem num festival religioso primitivo, pagão, que homenageava o início do Ano Novo e o ressurgimento da natureza, mas há quem diga que suas primeiras manifestações ocorreram na Roma dos césares, ligadas às famosas saturnálias, de carácter orgíaco. Contudo, o rei Momo é uma das formas de Dionísio — o deus Baco, patrono do vinho e do seu cultivo, e isto faz recuar a origem do Carnaval para a Grécia arcaica, para os festejos que honravam a colheita. Sempre uma forma de comemorar, com muita alegria e desenvoltura, os actos de alimentar-se e beber, elementos indispensáveis à vida.•


Período de duração

Os dias exactos do início e fim da estação carnavalesca variam de acordo com as tradições nacionais e locais, e têm-se alterado no tempo. Assim, em Munique e na Baviera (Alemanha), ela começa na festa da Epifania, 6 de Janeiro (dia dos Reis Magos), enquanto em Colónia e na Renânia, também na Alemanha, o Carnaval começa às 11h11min do dia 11 de Novembro (undécimo mês do ano). Na França, a celebração se restringe à terça-feira gorda e à mi-carême, quinta-feira da terceira semana da Quaresma. Nos Estados Unidos, festeja-se o Carnaval principalmente de 6 de Janeiro à terça-feira gorda (mardi-gras em francês, idioma dos primeiros colonizadores de Nova Orleans, na Louisiana), enquanto na Espanha a quarta-feira de cinzas se inclui no período momesco, como lembrança de uma fase em que esse dia não fazia parte da Quaresma. No Brasil, até a década de 1940, sobretudo no Rio de Janeiro, as festas pré-carnavalescas se iniciavam em Outubro, na comemoração de N. Sra. da Penha, crescia durante a passagem de ano e atingia o auge nos quatro dias anteriores às Cinzas — sábado, domingo, segunda e terça-feira gorda. Hoje em dia, tanto em Recife (Pernambuco), quanto em Salvador (Baia), o Carnaval inclui a quarta-feira de cinzas e dias subsequentes, chegando, por vezes, a incluir o sábado de Aleluia.

quarta-feira, 2 de março de 2011

Revolução Agrícola e Revolução Demográfica

Nos séculos XVII e XVIII, em Inglaterra registaram-se transformações de tal modo profundas que alteraram o regime de propriedade, as técnicas e o nível de produtividade. A Revolução Agrícola possibilitou a duplicação da produtividade e uma grande abundância de alimen­tos; aumentou a população e cresceram as cidades.

As correntes mercantilistas que se difundiram na Europa durante o Antigo Regime privilegiaram o desenvolvimento do comércio e da indústria. Eram estes os sectores em que, segundo os mercantilistas, assentava a riqueza das Nações e, por consequência, dos cidadãos.

Na segunda metade do século XVIII, em reacção às teorias mer­cantilistas surgiu uma nova corrente económica, o fisiocratismo, que significa "governo da natureza".
O fisiocratismo defendia que a verdadeira riqueza das nações residia na agricultura, pois todas as actividades económicas depen­diam desta actividade. A própria indústria, essencialmente a têxtil na época, estava dependente da produção da lã obtida nos campos.


Inspirados na observação do ciclo da natureza e no "milagre" da multiplicação das sementes lançadas à terra, os fisiocratas pre­tenderam aplicar os ensinamentos da natureza à vida económica das Nações. Cabia ao homem saber extrair as leis naturais que depois faria aplicar a cada modelo de sociedade.

Destes pressupostos resultava o facto de os Estados deverem fomentar o trabalho da terra e deixarem total liberdade à iniciativa individual. O seu lema era "Laissez faire, Laissez passer" (deixem fazer, deixem andar).
A importância desta corrente veio a ser decisiva na formação das ideias de Adam Smith e do liberalismo económico que viria a triunfar no século XIX.

A partir de 1730-1740 ocorreu um apreciável aumento da população devido ao recuo da morte, em particular da mortalidade infantil.
O decréscimo da mortalidade resultou da melhoria nas condições socioeconómicas, progressos na alimentação, higiene, vestuário, habitação e de alguns avanços, embora lentos, da medicina.

Este crescimento demográfico ocasionou, entre outros efeitos, a expansão urbana, com destaque para Londres, Paris e as cidades industriais de expansão recente (Manchester, Birmingham, Liverpool).

Resolve os exercícios:
Boa Viagem!