sábado, 13 de novembro de 2010

O RENASCIMENTO


Olá meninos,

esta semana começámos um novo tema: o Renascimento. Cliquem no link , para verem o vídeo da aula.

http://www.youtube.com/watch?v=zTqrVu6j6MY&feature=related

E aqui fica mais informação sobre o tema:


Renascimento
Renascimento (ou Renascença) foi um período na história do mundo ocidental com um movimento cultural marcante na Europa, considerado como um marco do final da Idade Média e o início da Idade Moderna. Começou no século XIII na Itália e difundiu-se pela Europa no decorrer dos séculos XV e XVI.

Além de atingir a Filosofia, as Artes e as Ciências, o Renascimento fez parte de uma ampla gama de transformações culturais, sociais, económicas, políticas e religiosas que caracterizam a transição do Feudalismo para o Capitalismo. Nesse sentido, o Renascimento pode ser entendido como um elemento de ruptura, no plano cultural, com a estrutura medieval.

O Renascimento Cultural manifestou-se primeiro na Península Itálica, tendo como principais centros as cidades de Milão, Gênova, Veneza, Florença e Roma, de onde se difundiu para todos os países da Europa Ocidental. Porém, o movimento apresentou maior expressão na Itália. Não obstante, é importante conhecer as manifestações renascentistas da Inglaterra, Alemanha, Países Baixos, e menos intensamente, de Portugal e Espanha.

Espírito renascentista

O homem vitruviano de Leonardo da Vinci sintetiza o ideário renascentista: humanista e clássico

O Renascimento está associado ao humanismo, o interesse crescente entre os académicos europeus pelos textos clássicos, em latim e em grego, dos períodos anteriores ao triunfo do Cristianismo na cultura europeia. No século XVI encontramos paralelamente ao interesse pela civilização clássica, um menosprezo pela Idade Média, associada a expressões como "barbarismo", "ignorância", "escuridão", "gótico", "noite de mil anos" ou "sombrio" (Bernard Cottret).

O seguinte extracto de Pantagruel (1532), de François Rabelais costuma ser citado para ilustrar o espírito do renascimento:

Todas as disciplinas são agora ressuscitadas, as línguas estabelecidas: Grego, sem o conhecimento do qual é uma vergonha alguém chamar-se erudito, Hebraico, Caldeu, Latim (...) O mundo inteiro está cheio de académicos, pedagogos altamente cultivados, bibliotecas muito ricas, de tal modo que me parece que nem nos tempos de Platão, de Cícero ou Papinianus, o estudo era tão confortável como o que se vê a nossa volta. (...) Eu vejo que os ladrões de rua, os carrascos, os empregados do estábulo hoje em dia são mais eruditos do que os doutores e pregadores do meu tempo.

Ideais do Renascimento
Podem ser apontados como valores e ideais defendidos pelo Renascimento o Antropocentrismo, o Hedonismo, o Racionalismo, o Otimismo e o Individualismo, bem como um tratamento leigo dado a obras religiosas, uma valorização do abstrato, expresso pelo matemático, além também de algumas noções artísticas como proporção e profundidade, e, finalmente, a introdução de novas técnicas artísticas, como a pintura a óleo.


Antropocentrismo
O antropocentrismo é uma concepção que considera que a humanidade deve permanecer no centro do entendimento dos humanos, isto é, tudo no universo deve ser avaliado de acordo com a sua relação com o homem.

O termo tem duas aplicações principais. Por um lado, trata-se de um lugar comum na historiografia qualificar como antropocêntrica a cultura renascentista e moderna, em contraposição ao suposto teocentrismo da Idade Média. A transição da cultura medieval à moderna é frequentemente vista como a passagem de uma perspectiva filosófica e cultural centrada em Deus a uma outra, centrada no homem – ainda que esse modelo tenha sido reiteradamente questionado por numerosos autores que buscaram mostrar a continuidade entre a perspectiva medieval e a renascentista.

Hedonismo
O hedonismo é uma teoria ou doutrina filosófico-moral que afirma ser o prazer individual e imediato o supremo bem da vida humana. Surgiu na Grécia, na época pós-socrática, e um dos maiores defensores da doutrina foi Aristipo de Cirene. O hedonismo moderno procura fundamentar-se numa concepção ampla de prazer entendida como felicidade para o maior número de pessoas.

Individualismo
É um conceito político, moral e social que exprime a afirmação e liberdade do indivíduo frente a um grupo, especialmente à sociedade e ao Estado. Usualmente toma-se por base a liberdade no que concerne a propriedade privada e a limitação do poder do Estado. O individualismo em si opõe-se a toda forma de autoridade, ou controle sobre os indivíduos; e coloca-se como antítese do colectivismo. Conceituar o individualismo depende muito da noção de indivíduo, que varia ao longo da história humana, e de sociedade para sociedade.

Não se deve confundir o individualismo com o egoísmo. É compatível com o individualismo permanecer dentro de organizações, desde que o indivíduo e sua opinião seja preponderante.

Embora, na prática, geralmente exista uma relação inversa entre individualismo e o tamanho de um Estado ou organização.

Optimismo

Optimismo se caracteriza por ser uma forma de pensamento. É sinónimo de pensamento positivo, ou seja, uma pessoa optimista é uma pessoa que vê as coisas pelo lado bom. O optimismo é a posição contrária a do pessimismo.

No Renascimento ele significa poder fazer tudo sem nenhuma restrição e abertura ao novo.

Racionalismo

O racionalismo é a corrente filosófica que iniciou com a definição do raciocínio que é a operação mental, discursiva e lógica. Este usa uma ou mais proposições para extrair conclusões se uma ou outra proposição é verdadeira, falsa ou provável. Essa era a ideia central comum ao conjunto de doutrinas conhecidas tradicionalmente como racionalismo.

ANTROPOCENTRISMO


Até finais do século XV, o Homem considerava a vida espiritual e os problemas religiosos como o centro de todos os seus interesses. Contudo, nos últimos tempos da Idade Média surgiu uma nova mentalidade e um novo ideal de vida. Primeiramente em Itália e de­pois nos outros países da Europa, os intelectuais começaram a ma­nifestar uma atitude nova face ao mundo. Então, o Homem colo­cou-se como centro do mundo, isto é, começou a reflectir sobre si e os seus problemas.


A esta visão mais ampla do Homem e do seu lugar no mundo damos o nome de antropocentrismo. Esta nova crença nas capacidades do Homem e nas suas reali­zações levou, nos séculos XV e XVI, a uma profunda mudança nas letras, artes, ciências e em todas as formas de pensamento.




O HUMANISMO


Os humanistas, eram, estudiosos da cultura clássica antiga (grega e romana). Alguns estavam ligados à Igreja, outros eram artistas ou historiadores, independentes ou protegidos por mecenas. Acabaram por situar o Homem como senhor de seu próprio destino, dotado de "livre arbítrio" (capacidade de decisão sobre a própria vida) e elegeram-no como a razão de todo conhecimento, estabelecendo, para ele, um papel de destaque no processo universal e histórico.
Passa a interessar-se mais pelo saber, adquire novas ideias e outras culturas como a grega e a latina mas, sobretudo, percebe-se capaz , importante e criador . Afasta-se do teocentrismo, assumindo, lentamente, um comportamento baseado no antropocentrismo. De uma postura religiosa e mística, o homem passa para uma posição racionalista, crítica e individualista que lenta e gradualmente, vai modificando a estrutura e o espírito medievais.
O Humanismo funcionará como um factor de transformação da mentalidade e da civilização europeia.
INDIVIDUALISMO
A ideia de que cada um é responsável pela condução de sua vida, a possibilidade de fazer opções e de se manifestar sobre diversos assuntos, devendo assentar as suas opiniões em estudos rigorosos, acentuaram o individualismo. É importante percebermos que essa característica do homem do Renascimento não implica o isolamento do homem, que continua a viver em sociedade, em relação directa com outros homens, mas na possibilidade que cada um tem de tomar as suas decisões, de se conhecer a si próprio e às suas capacidades.

Características do Classicismo:
Imitação dos modelos da Antigüidade clássica greco-romana (retomada da mitologia pagã e pela perfeição estética, marcada pela pureza de formas); o homem do séc. XVI acreditava que os antigos gregos e romanos eram detentores dos ideais de Beleza. Platão, Homero, Virgílio e outros mestres da Antigüidade servem de modelo, pois seus valores são eternos e absolutos.


Propagação do Renascimento
Na Itália

A localização da Itália, às margens do Mar Mediterrâneo transformou o país em importante centro de comércio. Muitas cidades se tornaram ricas. Uma nova classe média, com comerciantes e banqueiros, assumiu o poder. Esses homens encorajaram o desenvolvimento da arte e do saber.

Em Portugal

Os testemunhos mais reais da vida cultural nos meados do séc. XIV são as crónicas de Fernão Lopes, o Leal Conselheiro, o nascimento do estilo manuelino e a origem da escola de pintura portuguesa, que tem como obra mais notável o político das Janelas Verdes. São obras muito diferentes entre si, mas com características comuns: o sentido da complexidade e a originalidade. São manifestações portuguesas, e não adaptações de correntes estrangeiras. Pode, com base nelas, falar-se num renascimento quatrocentista português.

O número de livros não é grande, no século XV escreveu-se muito menos que no século XIV.

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